Reserva da Biosfera
da Serra do Espinhaço

Extensão
Territorial

10.218.895
hectares

172
municípios

em
1 estados
Zona
Núcleo

528.896
hectares

Zona de
Amortecimento
e Conectividade
6.958.105
hectares

Zona de
Transição e
Cooperação

2.731.893
hectares

Território da RBSE

A identidade da Serra do Espinhaço foi reconhecida pela sociedade e ganhou contornos na expressão cultural, nos estudos e publicações acadêmicas, nas ações governamentais e nos fluxos para o desenvolvimento sustentável. Grupos temáticos de discussão foram formados em diversas áreas, trazendo resultados baseados numa visão mais cooperativa e sistêmica sobre oportunidades, problemas e soluções.

A segunda fase de reconhecimento da RBSE, em Minas Gerais, compreende 172 municípios, perfazendo uma área de 10.218.895,20 hectares, compreendendo aspectos biogeográficos, das regiões do Quadrilátero Ferrífero e da Serra do Espinhaço propriamente dita. A relação biogeográfica e histórica pode ser vista nos eixos de ocupação, sobretudo, nos aspectos intrínsecos que deram origem à Estrada Real, eixo este integrado com a história de Minas Gerais, passando por cidades históricas únicas, como Ouro preto e Diamantina. 

A Serra do espinhaço é uma dos maiores produtoras de água nas principais bacias hidrográficas brasileiras que deságuam em direção ao Oceano Atlântico. Possui três biomas brasileiros de grande relevância para a conservação da biodiversidade: Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. A vegetação denominada Campos Rupestres destaca a Serra do Espinhaço de outras regiões do mundo. Esses campos floridos se desenvolvem em solos planos, pedregosos ou arenosos em terras altas cortadas por rios e cachoeiras exuberantes. São formadas por um rico mosaico de comunidades vegetais que dependem do relevo local, da natureza do substrato e do microclima, mas ainda são pouco conhecidas devido à sua megadiversidade. 

Os estudos florísticos atuais estimam que existam entre 2.000 e 3.000 espécies com endemismo de 30% e cerca de 350 espécies ameaçadas de extinção. É um ecossistema extremamente frágil, com baixa resiliência e, por sua singularidade e complexidade, estudos têm sido indicados para elevar o status dos Campos Rupestres ao novo bioma brasileiro.

Principais Atividades na Área da Reserva

Destaca-se como uma das regiões com maior exploração mineral do mundo. Apresenta pecuária extensiva, agricultura de subsistência e extrativismo vegetal. O turismo e a pesquisa científica se intensificam no contexto de seu valioso significado cultural e histórico. Desde a criação da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, em 2005, até o ano de 2015, 168 empreendimentos de grande porte firmaram Protocolo de Intenções com o Governo do Estado de Minas Gerais, visando à sua instalação e operação em municípios inseridos no território da Reserva. Trata-se de empreendimentos de diversas cadeias produtivas, dentre elas: mineração, metalurgia e siderurgia, comércio, indústria do vestuário, papel e celulose, eletroeletrônicos, indústria química, biotecnologia, energias renováveis, alimentos, agronegócio, café, turismo, dentre outras atividades.

A atividade turística (ecológica, cultural, histórica e religiosa), por exemplo, vem apresentando taxas de crescimento positivas e constantes ao longo dos últimos anos, se consolidando como um setor econômico de grande importância para o Estado de Minas Gerais e para a RBSE.

Além da imponência dos grandes e médios empreendimentos, é importante salientar o papel de atividades realizadas por comunidades locais, quando associadas a estratégias e planos de manejo sustentável, como: o turismo de base comunitária, o ecoturismo no entorno de áreas protegidas, a agricultura familiar, a pesca tradicional e a comercialização de produtos nativos da biodiversidade, artesanato, gastronomia e arranjos produtivos locais de base sustentável. Tais atividades locais favorecem a dinamização socioeconômica do Espinhaço, resultando em novas alternativas de geração de renda para essas populações.

Características Ecológicas do Território

A distribuição biogeográfica dos Campos Rupestres, fitofisionomia com grande número de espécies ameaçadas e endêmicas, em um ambiente de baixa resiliência, configurando-se, dessa forma, como um Centro de Endemismo Mundial e como uma das principais características biogeográficas da RBSE.

Tais ambientes associados aos altiplanos da Reserva da Biosfera estabelece relação direta com a distribuição de Áreas Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade, em grau Extremo e Muito Alto, o que representa a expressão desta natureza de grande riqueza mundial.

Do total de 538 espécies de plantas ameaçadas em Minas Gerais, 81 espécies estão na Mata Atlântica, 19 na Caatinga, 73 no Cerrado e 351, ou seja, 67% do total, nos Campos Rupestres. Mais da metade das espécies de plantas ameaçadas de extinção em Minas Gerais está no Espinhaço, além de um número significativo de espécies da fauna ameaçada.

A Serra do Espinhaço foi indicada como área prioritária para a proteção de mananciais hídricos, sendo responsável pela organização atual da rede de drenagem de importantes bacias hidrográficas de Minas, tais como as dos rios São Francisco, Doce, Jequitinhonha, entre outros. A Serra do Espinhaço é uma região de grande importância para o fornecimento desse estratégico serviço ecossistêmico.

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Principais Figuras de Proteção

A Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço foi reconhecida pelo ofício da United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization SC-05/CONF.210/2 Add, em Paris, Room XIV (Bonvin Building), no dia 24 de junho de 2005, através do Man and the Biosphere (MAB) Programme – Meeting of the Bureau of the International Co-ordinating Council, UNESCO Headquarters.

Confira a seguir alguns documentos hitóricos da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço e links para contato:

SAIBA MAIS SOBRE A RBSE:
rbse-unesco.blogspot.com
facebook.com/ReservaDaBiosferaDaSerraDoEspinhaco/

COORDENAÇÃO:
Miguel Ângelo Andrade – PUC de Minas Gerais
Email: miguel.andrade.bio@gmail.com |  Tel: (55) 31 98771-8878

VICE-COORDENAÇÃO:
Gláucia Drummond – Fundação Biodiversitas
Email: glaucia@biodiversitas.org.br  |  Tel: (55) 31 99922-4822

SECRETARIA EXECUTIVA:
Sérgio Augusto Domingues – Associação Cultural Ecológica Lagoa do Nado
Email: sergioguto@gmail.com  |  Tel: (55) 31 99246-7422